Os alunos do 9º Ano "A" da E.M. Senador Carlos Gomes de Oliveira produziram nas aulas de Língua Portuguesa, da Prof.ª Marisol, crônicas relacionadas à escola, depois de lerem e apreciarem a crônica O Futuro, de Rubens da Cunha.
A crônica chamou bastante atenção dos alunos por recriar fatos pertinentes a eles. Rubens da Cunha escreveu essa crônica como quem conversa com o seu leitor, como se estivesse próximo ao aluno, o escritor os envolveu com suas palavras e reflexões o momento vivenciado por ele, atingindo a sensibilidade do seu leitor.
Crônica: O FUTURO
“Eu a escrevi quando dava aula em Joinville. Foi publicada no Jornal A Notícia de 2 de Julho de 2008. Ou seja, o futuro que eu vi naquele tempo já deve estar bem mais crescido...” (Rubens da Cunha)
Sobre o Autor
Rubens da Cunha nasceu em 07 de março de 1971, às margens da Baía da Babitonga, em Joinville, onde mora até os dias de hoje. É professor de Literatura e Língua Portuguesa. Doutorando em Literatura, na Universidade Federal de Santa Catarina. Mantém o blog literário www.casadeparagens.blogspot.com. Ministra oficinas de criação literária.
Rubens é autor dos livros de poemas Campo Avesso – Editora Letra D´Água (2001), Casa de Paragens – Edufsc (2006) e Vertebrais Ed. Sintonia Comunicação (2008). Atua como cronista semanal do Jornal “A Notícia”, desde 2004. Lançou, em 2007, uma seleção de crônicas que resultou no volume Aço e Nada, pela Design Editora. Em 2010, lançou o livro infanto-juvenil, também pela Design Editora, Crônica de Gatos. Participa de diversas antologias de contos e poemas, além de ter ensaios teóricos, publicados em periódicos.
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A primeira crônica
Em um dia nublado de cor cinza, nossa professora de português, uma mulher muito erudita, nos mandou fazer uma crônica que mostrasse nossa realidade na escola. Antes de sentarmos em um dos bancos coloridos, um pombo negro cruzou nosso caminho. Foi aí que pensamos “Por que não?”.
Desde que me conheço por gente, todos os dias, com chuva ou sol, calor ardente ou frio ártico, lá vem as crianças no recreio, correndo com pressa, mal percebem que a comida que carregam na mão está caindo no chão, mal sabem que hoje em dia os pombos não são intimidados por nada. Há tempos que chegam timidamente, atualmente aparecem sem vergonha, andando pelos arredores da escola com um único propósito: contaminar nossa terra com suas doenças imundas. Os jovens daqui mal conseguem comer suas bolachinhas Panco sem serem vítimas de pombos voando pelas suas cabeças. Apesar das medidas de precaução já feitas pela escola, nenhum resultado foi visto.
Imagino que a primeira coisa que nossas zeladoras assíduas e competentes pensam quando acordam, seja: “Terei mesmo que aguentar pombos subestimando minha capacidade de limpeza? Malditos sejam!”.
Bem, podemos refletir que, muitas coisas e pessoas a nossa volta possuem capacidade de obter êxito em seus pensamentos e escolhas, mas por algum descuido ou relaxo da vida, preferem simplesmente ver as coisas acontecerem, sem procurar por alguma mudança.
Ana Julia Lupattini
Júlia Freitas
..................................................................................................................................................Recreio
Estudamos na mesma escola, no intervalo da aula observo as crianças correndo de um lado para o outro e penso se elas já imaginam o que vão ser no futuro que está próximo.
Observo ainda seus jeitos, suas atitudes na hora do recreio, sua forma de agir com os colegas. Sei que cada um tem uma qualidade a mais em especial.
Presto atenção ainda e vejo crianças mais levadas que correm e se machucam, outras mais quietas, outras que não falam muito e outras que falam até demais, outras que arrumam brigas e intrigas.
Mas uma coisa sei ao certo é que todos temos uma criança dentro de nós.
Giovana Girardi
..................................................................................................................................................O Futuro
Olho para essas crianças e observo que cada uma delas são o futuro, mas não só o futuro de algo, mas sim o futuro de tudo alguns vão ser médicos, dentistas, jogadores, trabalhadores... Observo atentamente o jeito de cada uma,algumas nervosas,outras pacientes, elas são o futuro da humanidade e temos que ter a consciência disso.
Algumas pessoas dizem que a esperança de um novo mundo está nessas crianças e todos concordam, elas serão o nosso futuro e por isso que devemos cuidar bem delas.
Isabela Seger Teixeira
Gabriel Leal da Silva Quandt
..................................................................................................................................................A Biblioteca da Vida
Observo a biblioteca e imagino por quantas mãos, quantas mochilas e quantos olhos aqueles livros passaram. Vejo que ainda há livros novos, meio que intocados, pois a curiosidade nos leva a preferir, por incrível que pareça, livros antigos e surrados. Penso que são poucos os livros que possuem histórias melhores que as anteriores, os melhores mesmo são os livros “idosos” que ainda não se aposentaram.
Imagino crianças como fantasmas pegando livros entusiasmados, esperando uma aventura sem fim. Vejo outras devolvendo livros sem sequer ter lido, eganados por falsas perspectivas, criados pela sua própria imaginação.
Os livros são apesentados aos montes, nós que escolhemos o que queremos, assim como a vida os livros são as nossas oportunidades, que escolhemos as que mais chamam a nossa atenção, porém, nem sempre são as melhores.
Matheus Lemos Schmitz
..................................................................................................................................................A Menina e a Solidão
Em um dia de muito sol estava eu andando pela escola observando tudo e a todos, olhando os pássaros, as crianças brincando pelo pátio. Enquanto caminhava pelos corredores da escola, avistei de longe uma menina com um olhar triste, sentada em um banco, olhando a todos que passavam por ela. Alguns alunos que passavam por ela, a agrediam verbalmente. Passei a observá-la por vários dias, e a cena sempre se repetia. Ela sempre ficava na dela, nunca falava com ninguém, eu achava que ela estava sofrendo muito. Eu tinha que fazer alguma coisa para mudar aquilo, não sabia como, mas iria fazer algo. Depois de muitos dias, criei coragem e fui até lá, naquele banco que ela sempre estava. Comecei a conversar com ela, depois de um tempo,ela deixou a vergonha de lado, sua timidez. Começou a me contar sobre sua vida, que seus pais tinham morrido no começo do ano, que ela morava com seus tios e que eles não davam a mínima pra ela. Num piscar de olhos, a vi chorando. Não sabia o que dizer, tentei acalmá-la e falar que não pode se deixar cair por causa disso, que pessoa que nós amamos morrem e que um dia nós também iremos morrer, que seus pais de algum lugar estavam olhando por ela. Ela ergueu a cabeça e com uma olhar de confiança me olhou, e enxugando as lágrimas, um sorriso deu. Convidei ela para conhecer minhas amigas, ela se deu muito bem com todos, era tão simpática e amável. Eu não conseguia imaginar que aquela garota tão sozinha e reservada podia ser tão boa amiga, e tudo isso por causa de mim.
Érika Paciello
Naira Sareta
..................................................................................................................................................Escola: o tempo das conquistas
Pois é, eu estava andando pela escola e parei para pensar, quantos anos eu já estava lá, quantas aulas de matemática e história eu já tive que aguentar, quantas vezes eu já passei pela mesma árvore e todas as vezes que eu brinquei de batata quente com os meus antigos amigos.
É o tempo tá passando estamos crescendo e com o tempo vem as responsabilidades, o nosso futuro está perto,temos que pensar no ensino médio no que queremos cursar.
Sério, quantas vezes você correu para o recreio, ainda mais se o lanche for cachorro quente.
Eu já vi muitas crianças até adolescentes que ainda correm pra comer. E até engraçado quando estamos de férias, porque acabam as aulas e o último dia de aula sai todo mundo berrando, mas tudo que é bom dura pouco e no mês que vem as aulas voltam e temos de novo que sentar na cadeira e esperar as férias voltarem.
..................................................................................................................................................Quando tudo nos faz lembrar...
Enfim começam as aulas. Tudo volta a ser como antes, acordar cedo, estudar, e até mesmo aturar aqueles professores que menos gostamos.
Agora que estamos no último ano do ensino fundamental, vamos dizer que quase tudo muda, porque sabemos que toda aquela “moleza” que tínhamos vai acabar. Como pedir uma ajudinha para tios, pais e até mesmo avós.
E tudo isso nos deixa com muitas saudades, todos aqueles olhares, sorrisos, aquelas paixões, aqueles professores que realmente gostamos, aqueles intervalos que passamos com a turma, todos juntos.
Aquela última semana de aula quando aqueles amigos fazem de tudo para se reunir. Até aqueles mínimos detalhes como aquela árvore, o banco todo colorido, os canteiros de flores, o parquinho onde brincamos muito na 1º série, e até mesmo daquela sensação quando mudamos de turma, como no 6°ano, quando temos um professor pra cada matéria, as coisas mais simples que quando lembramos faz a gente rir, e até mesmo chorar de saudade.
Enfim tudo o que passamos e que ainda vamos passar só vai nos deixar lembranças e saudades.
Laura Hoffmann
Andressa Fagundes
..................................................................................................................................................A árvore dos segredos
Na minha escola tem muitas árvores, mas tem uma que me chamou muita atenção pois seu jeito é diferente desde que entrei nessa escola eu a observava com um olhar diferente, um olhar triste.
Antes de eu fazer novas amizades sentava debaixo da árvore encostada no muro e contava meus segredos a ela, pois eu e aquela simples árvore nos tornamos amigas eu dei um nome a ela eu a chamo de Sofia, quando eu comecei a fazer amizades novas, eu esqueci um pouco de Sofia e com o tempo Sofia estava ficando triste, suas folhas começaram a cair sem parar, seu tronco estava feio já não era mais a mesma.
Num dia eu estava indo para escola feliz, mas quando cheguei eu olhei em direção ao muro e lembrei de Sofia e fui até ela, eu conversei com ela e pedi desculpas por abandoná-la no últimos meses, contei tudo, eu até apresentei Sofia para minhas amigas, mas Sofia ainda estava triste, aí conversando com ela começou a ficar feliz, porque agora todos os dias Sofia tinha alguém para brincar e conversar.
Caroliny Pozzagnolo
Valéria dos Santos
Parabéns aos alunos e Professora Marisol.
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